Ela o amava, imaginava todos os dias, todos os momentos felizes (ou quase, porque sem ele não existia felicidade).Ele a ignorava as vezes quando seus olhares se cruzavam e ele a percebia, mas nunca realmente a notava (para ele, ela era inexistente).
Para ela, sua presença era essencial, quando ele estava por perto, tudo parecia dar certo. Até mesmo quando o sol desaparecia por entre as nuvens, o céu azul como o mar se transformava em questão de segundos em uma imensidão cinza... Até mesmo nesses dias, se ele estivesse por perto, seria perfeito. Ele tinha luz própria, que enchia o dia de alegria.
Ele, pelo contrário, não ligava se ela estava por perto ou longe, se chorava ou se sorria. Ele não gostava do sorriso bob que ela deixava escapar quando por um descuido, correspondia um olhar. Incomodava lhe as tentativas bobas de conversa que ela iniciava, enquanto sua face corava cada vez mais.
Enquanto ela tentava fazer-se notável, ele a ignorava mais e mais, sem pensar como ela estaria se sentindo com essa situação.
Talvez, ela não tivesse culpa por essa paixão exagerada, e era isso que ele pensava... Não havia feito nada, não é mesmo? Fora um beijo tolo em um momento insegurança, para ele, nada mais. (Risos) Para ele, aquele beijo não havia significado nada, assim como sua presença não fazia diferença alguma.
Ela se segurava em cada pequena parte daquele momento, em cada fio de esperança. Já fazia algum tempo ela ainda fechava os olhos para sentir seu toque e sua suavidade.
O jeito como ele a envolvia sem ao menos toca-la era surpreendente...
Mas tudo teve fim (engraçada essa frase, pois não pode ter fim algo que nunca existiu) quando ele se foi, junto com a esperança de um dia chama-lo de seu. A esperança de toca-lo novamente. Foi-se a esperança junto com a notícia de sua morte.
Que por um lado não era tão ruim. Uma segunda chance para fazer tudo dar certo, uma oportunidade de fazê-los juntos... Finalmente. A oportunidade que ela não poderia de forma algum perder.
Pensou e pensou... Tentava encontrar alguma forma rápida e silenciosa, que acalentasse toda sua dor.
Afiara uma faca mais cedo... Seria essa a hora de usa-la ??
Quem sabe... Todo espetáculo tem seu fim, ora feliz, ora dramático.
O sangue escorrera, como um troféu para aquela alma perdida.
Nada mais lhe importava, estariam juntos eternamente isso era tudo que importava.
Quem sabe com essa “passagem”, ela poderia reescrever um final mais agradável para sua história... História essa que nem a morte iria por um fim!!
(Agradeço a minha super amiga Ohana,que me ajudou a escrever esse texto.Além de me ajudar com os meu próprios com seu "olhar" crítico,as vezes ela me ajuda a escrever textos enigmáticose estimulantes que instigam o leitor...Thank's Darlin....(L)